Camões

Supõe-se que tenha nascido entre 1517 e 1525, sendo seus pais, Simão Vaz de Camões e Ana de Sá e Macedo, de origem galega, Espanha. Sendo dotado para poesia, deixou a Universiade de Coimbra, onde frequentava o curso de humanidades, e, entre 1542 e 1545 frequentou a corte de D. João III, em Lisboa. Partiu para Ceuta como militar em 1549 e ali num combate perdeu uma das vistas. Regressado a Lisboa, tornou-se boémio com vários amores, incluindo na côrte. Em 1552 entrou numa rixa e foi preso, mas foi libertado em 1553, mediante uma carta régia de perdão, ano em que embarcou para a Índia na armada de Fernão Alvares Cabral, e, já em Goa, tomou parte na expedição do vice-rei D. Afonso de Noronha contra o rei de Chembe/rei de pimenta. Aqui em Goa iniciou a escrita do seu livro "Os Lusíadas", e estudou os costumes dos cristãos e dos hindus, a geografia e a história local. Considerou Goa uma cidade "madrasta de todos os homens honestos". Fez parte da armada de D. Fernando de Meneses, formada de 1000 homens e 30 embarcações, ao Golfo Pérsico em 1554. Partiu para Macau em 1556, onde viveu numa gruta, e ali acabou a sua obra "Os Lusíadas". Naufragou na foz do Rio Makong, mas conseguiu salvar o manuscrito. Neste acidente morreu a sua companheira chinesa, Dinamene. Regressado a Goa em 1560 é aprisionado por dívidas. De regresso ao reino em 1568 fez escala na Ilha de Moçambique, onde Diogo de Couto, o encontrou "tão pobre que vivia de amigos" e trabalhava na revisão da sua obra e numa nova obra "Parnaso de Luís de Camões", com poesia, filosofia e outras ciências, obra que foi roubada sem rastos. Como vivia sem dinheiro Diogo Couto pagou-lhe a viagem para Lisboa, onde chegou em 1570 e morreu em 1580. Os seus restos mortais encontram-se no Mosteiro de Jerónimos, em Lisboa.