domingo, 11 de abril de 2010

budismo

1.1.4. BUDISMO: Entre 600 e 500 a. C, nasce em Bengala, no norte da Índia, Sidata Gautama. Um dia ao passar de carro, foi marcado por três acontecimentos: um homem abatido pela idade; depois viu um homem doente e repugnante; e finalmente viu um cadáver dum homem, inchado, sem olhos, hediondo, atacado por aves e animais. Gautama impressionado e inquieto, deixou a sua mulher e filhos, cortou o seu cabelo, deixou as jóias e os adornos, trocou a roupa com um pobre e foi para o sul, lugar dos eremitas e mestres, para refletir sobre o sentido da vida. Dedicou-se ao ascetismo, jejuns, vigílias, mortificações, purificações e expiações. Um dia perdeu os sentidos e quando os recuperou concluiu que o processo era inútil e que a verdade só podia ser alcançada com uma mente ligada ao corpo sadio, mas os seus discípulos o abandonaram e sozinho sentou-se numa árvore a meditar, até que um dia, após ter uma visão, foi a Benares à procura dos seus 5 discípulos, com quem discutiu durante 5 dias e estes o consideraram Buda, o sábio. Construíram cabanas e formaram uma espécie de academia. Concluiram que a miséria, sofrimento e desencantamento da vida eram consequência do egoísmo e da satisfação dos sentidos e do mundanismo e que podiam ser evitados alcançando Nirvana, serenidade da alma, através dos oito passos do caminho ariano: verdade (ideias direitas), aspirações certas (desejo de fazer justiça, devoção, ciência e arte), linguagem certa, conduta certa, meios da vida certa, esforço certo, atenção certa e êxtase certa.
O budismo não aceita os poderes sacerdotais, sacrifícios aos deuses, castas, etc. Buda negou que fosse um deus e dizia: “assim como os quatro rios que correm ao Ganges se misturam com as águas do rio sagrado, Ganges, e perdem os seus nomes, também os que acreditam no seu saber deixam de ser brâmanes, xátrias, vaicias e sudras”. Os jainistas, saídos do hinduismo, defendem que a lei pura e eterna resulta do conhecimento e carácter recto. Assim esta mentalidade, budista e jainista, contribuiu para reduzir a ferocidade guerreira do hinduísmo. Com a chegada de Alexandre Magno em 334 a. C o culto egípcio de Serápis e Ísis foi também difundido, dando origem a esculturas budistas de Serápis, Horus e Ísis e à sua adoração com o uso do incenso queimado. E Ísis tornou-se a deusa da peste. Nesta altura o norte da Índia era governado pelo imperador Chandragupta, fundador da dinastia Maurya, abrangendo os vales dos Rios Indo, Ganges e de Afeganistão. Entre 264 e 227 a. C este império maurio expandiu-se ao sul, com o imperador budista, Ashoka, que ao conquistar a Calinga, sentiu-se farto das guerras e prometeu a difusão do budismo, baseando-se na tolerância religiosa, não-violência e respeito pela dignidade de todos os homens, mas o budismo absorveu do hinduismo a ideia de transmigração das almas depois da morte, e, ao mesmo tempo, adaptou-se ao poder e a riqueza, e, as cabanas foram substituídas por edifícios monásticos. Realizou obras públicas, reservatórios de água, poços, estradas e estalagens e plantou figueiras-da-índia, ao longo das estradas para dar sombra aos viajantes. O budismo prosperou-se e os seus missionários encontravam-se em Caxemira, Afeganistão, Turquestão, Ásia Central e por volta de 64 a. C na China, Egipto, Macedónia, Burma e Ceilão. O hinduísmo também se prosperou. Esta expansão religiosa, desenvolveu a indústria e o comércio com a África e com o império romano.




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